NOVO BANCO Revelação 2016 apresenta obras de Andreia Santana

O NOVO BANCO e o Museu de Serralves apresentam a partir de 24 de novembro, às
22h00, a exposição NOVO BANCO REVELAÇÃO, com “História da Falta”, um projeto da
artista Andreia Santana (Lisboa, 1991), vencedora da edição de 2016 do Prémio NOVO
BANCO REVELAÇÃO.
O Prémio NOVO BANCO REVELAÇÃO é uma iniciativa do NOVO BANCO em parceria com
a Fundação de Serralves, que já distinguiu 39 artistas e tem como objetivo incentivar a
produção e criação artística de jovens talentos portugueses, tendo por base uma lógica de
divulgação, lançamento e apoio a todos os artistas que recorram ao meio da fotografia.
A prática artística de Andreia Santana estende-se da escultura ao vídeo, passando pela
fotografia e relaciona-se diretamente com a prática da arqueologia: a artista é colecionadora
de catálogos de instrumentos e ferramentas (como pás, picaretas e tabuleiros) usados em
arqueologia. O seu interesse é explicado pela própria, quando afirma que enquanto fazedora
de objetos tem consciência de que eles poderão um dia vir a ser desenterrados por
arqueólogos, cuidadosamente limpos, restaurados e classificados.
O projeto de Andreia Santana para a edição de 2016 da exposição NOVO BANCO
REVELAÇÃO partiu de várias visitas da artista a fábricas portuguesas que produzem
ferramentas utilizadas na arqueologia. Estas unidades fabricam utensílios que permitem
fazer ressurgir o desaparecido e dedicam-se, ironicamente, a auxiliar modos de produção
manual, eles próprios em vias de desaparecimento.
Nestas fábricas, a artista recolheu imagens e materiais que agora exibe na exposição no
Museu de Serralves. Um exemplo são as placas de metal “rendilhadas” que resultam da
produção em massa de pás e outros instrumentos, e que a artista apresenta sem qualquer
tipo de intervenção, enquanto verdadeiros readymade. A par destes objetos, Santana
produziu uma série de diapositivos que mostram ferramentas arqueológicas e o seu sistema
de fabrico. A opção premeditada pela fotografia analógica e por um sistema de apresentação                                                             de imagens considerado obsoleto serve à artista para aproximar a fotografia
da arqueologia, enquanto meios privilegiados para invocar a falta.
O trabalho de Andreia Santana foi escolhido entre quatro finalistas do Prémio NOVO
BANCO REVELAÇÃO 2016, por um júri presidido por João Ribas (Diretor Adjunto e Curador
Sénior do Museu de Serralves) e constituído por Alice Motard (Curadora Chefe do CAPC –
Museu de Arte Contemporânea de Bordéus); Émilie Villez (Diretora da Fundação Kadist,
Paris); Luca Lo Pinto (curador da Kunsthalle Wien, Viena); Ricardo Nicolau (adjunto da
direção do Museu de Serralves) e Filipa Loureiro (curadora do Museu de Serralves). Além
da vencedora foram finalistas do Prémio os artistas Rogério Costa Ribeiro, Pedro Huet e
Henrique Pavão.
A acompanhar o Prémio foi publicado um catálogo que apresenta o trabalho dos quatro
finalistas e que, para além de imagens que documentam os projetos, inclui entrevistas aos
artistas conduzidas por Ricardo Nicolau, adjunto da direção do Museu de Serralves e
membro do júri do Prémio NOVO BANCO REVELAÇÃO 2016.

Publicado em NOVO BANCO.